Assim como nos seres humanos, a idade vai chegando e demonstrando algumas alterações na saúde e no comportamento do seu pet. Um gato é considerado maduro aos 8 anos, e idoso, aos 10. (Lembrando que ele pode viver até 20 anos). Já os cachorros tem a idade determinada pelo seu porte.
Os cães de raças maiores têm o metabolismo mais acelerado e tendem a chegar na terceira idade entre seis e nove anos. Já os menores, envelhecem mais devagar e são considerados idosos entre 9 e 13 anos.
Se na infância e juventude do seu amigo de 4 patas, os cuidados são importantes, imagine agora que ele está envelhecendo!
A partir dos 10 anos, os gatos começam a mudar seu comportamento, eles irão miar mais e até a urinar fora da caixa de areia. Passam a dormir o dia todo em locais escondidos e convivem menos com as pessoas da casa. Com o envelhecimento, eles perdem massa muscular, a digestão dos alimentos e absorção dos nutrientes diminuem, assim como a função renal. Começam a ingerir menos água e tende a ficar desidratados.
Os cães também sentem a idade e mudam o comportamento, ficam mais tranquilos e passam o dormir mais. As necessidades nutricionais de um cão velhinho são bem distintas das outras faixa etárias, por isso, é preciso – com o auxílio de um especialista fazer algumas alterações em sua rotina alimentar. O metabolismo, a massa muscular e a necessidade energética canina diminuem. Essa característica favorece o ganho de peso e os problemas decorrentes dele.
Doenças em cães mais velhos
Assim, existem 07 doenças que você precisa estar atenta, veja a seguir.
- Obesidade
- Periodontais (gengivas e dentes)
- Cardiovasculares
- Diabetes e outras doenças hormonais
- Ósseas e articulares
- Catarata
- Câncer
Antes de falarmos em controle vamos falar em prevenção da doença. Você já sabe que fazer um checkup anual em seu pet vai ajudá-lo a chegar na velhice muito bem.
Qualquer doença descoberta antes representa mais qualidade de vida para seu amigo.
Obesidade
Sabemos que a obesidade traz com ela outras doenças e a causa, geralmente, é alimentação errada e falta de exercícios físicos. Mesmo que você sempre tenha alimentado seu pet com ração Premium, etc., você vai precisar adequar a alimentação dele aos novos hábitos. Muitas vezes até a consistência da ração precisa ser mudada, pets idosos perdem muito os dentes. Já existem rações mais porosas para pets idosos.
Manter um ritmo diário de passeios com seu cão também vai ajudar muito. No caso dos gatos que vivem em apartamentos, lembre-se de colocar um brinquedo ou prateleiras para que ele se exercite.
Doenças Periodontais
É o problema mais comum entre cães adultos e idosos. Se não for tratada, pode levar a infecções graves; perda dos dentes, alterações ósseas na mandíbula e no maxilar.
Isso gera uma dificuldade para ele se alimentar provocando fraqueza, perda de peso e baixa imunidade. A escovação diária por toda a vida, assim como a limpeza periódica feita pelo veterinário, auxiliam a prevenção.
Os veterinários recomendam que a Avaliação odontológica seja feita a partir do primeiro ano de vida do pet, porém cerca de 87% dos animais acima de 3 anos tem doença periodontal porque não fizeram esse preventivo. Ele deve ser realizado por um médico veterinário especialista em odontologia.
Doenças Cardiovasculares
Cães e gatos também podem apresentar alterações cardíacas durante o envelhecimento, mas nem sempre o tutor consegue reconhecer os sinais clínicos desses problemas.
Cansaço e dificuldade nas caminhadas, desmaios, língua arroxeada após uma situação de estresse e, principalmente, tosse, são alguns sintomas da cardiopatia.
Os médicos recomendam que seja feito ecocardiograma anualmente caso ele apresente alterações de pressão arterial, presença de sopro cardíaco ou cansaço.
Diabetes e outras doenças hormonais
Muita gente acredita que o diabetes é “privilégio” da raça humana, mas na verdade ele afeta mais cães e gatos que podemos imaginar. A obesidade nos pets tem causado muitos casos de diabetes.
Basicamente o pâncreas diminui a produção de insulina. Exames de sangue: hemograma, ureia, creatinina, colesterol, glicose e enzimas hepáticas são geralmente os mais pedidos a partir dos 6 anos.
Diagnosticado o diabetes o tutor deverá fazer o controle e aplicar insulina diariamente. Também será administrado uma ração especial para diabéticos.
Doenças ósseas e articulares
Seja por desgaste, por diminuição da lubrificação, problemas genéticos ou traumas, com o passar dos anos, as articulações podem causar desconforto e dor ao levantar, caminhar ou deitar.
Também por perda de cálcio, muitos acidentes podem ocorrer com o pet idoso proporcionando algumas fraturas.
O uso de protetores articulares, a manutenção do peso ideal para a raça, terapia com acupuntura, fisioterapia e, em casos agudos, medicações especificas, possibilitam conviver com o problema sem prejudicar a qualidade de vida do animal.
Catarata
A catarata (opacidade do cristalino) é um problema comum em cães e gatos idosos e a maior causa de cegueira nos nossos amigos de 4 patas.
Você deve ficar sempre atento aos olhos do seu pet, a qualquer sinal de desconforto ocular, como vermelhidão, lacrimejamento excessivo, coceira, aversão à luz, secreção ocular ou dificuldade de enxergar, leve seu pet para um oftalmologista veterinário especializado.
Câncer
Temida por todos, ela acaba por ser mais presente nos idosos e não tem cura. Mas, na maioria dos tumores malignos ou benignos em cães e gatos, existe tratamentos para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do seu pet doente.